QUERIDA HARRIETTE: Há meses venho tentando organizar minha casa, focando em maquiagem, vestidos e outros itens que não servem mais para nada, mas continuo travando.
Cada vez que começo a separar meus pertences, encontro-me emocionalmente apegado a certas coisas, mesmo que elas não sejam mais necessárias.
O desafio é especialmente difícil com itens que me foram dados pelo meu ex-namorado, a quem eu amava muito. Essas coisas têm valor sentimental, e abandoná-las é como abandonar uma parte do meu passado da qual ainda estou tentando me livrar.
Sei que limpar me daria paz e uma sensação de satisfação, mas o meu apego ao passado – especialmente a estes itens – torna difícil seguir em frente.
– Dilema de liquidação
CARO DILEMA DE LIBERAÇÃO: Considere contratar um especialista em organização para ir até sua casa e trabalhar com você para retirar os itens que não servem mais para você.
As coisas muitas vezes têm peso emocional e podem ser difíceis de abandonar, mas alguém de fora – especialmente um profissional que não tem apego a esses assuntos – pode ajudá-lo a resolver e deixar de lado o passado com mais facilidade.
Uma solução DIY pode ser comprar algumas caixas e etiquetá-las com as coisas que você deseja doar, jogar fora e guardar. Ao olhar para cada item, decida para onde ele vai.
Como aconselhou a especialista organizadora Marie Kondo, agradeça ao item pelo que ele lhe deu e diga adeus. O processo dela permite que você reconheça o papel que as coisas desempenharam em sua vida antes de deixá-las ir. Isso pode ajudá-lo a concluir o processo de luto pelo seu ex, expressar gratidão pelo que esse relacionamento significou para você e seguir em frente.
QUERIDA HARRIETTE: A carta de “Preocupações com o balé”, a mãe cuja filha foi pressionada por seus professores de dança a fazer dieta me tocou e eu queria compartilhar uma perspectiva diferente com você.
Mesmo sendo uma estudante casual de balé entre 10 e 12 anos, senti pressão da professora para ser mais magra. O momento de suas mensagens foi prejudicial, especialmente porque eu estava passando pela puberdade conscientemente naquela época. Demorou mais de duas décadas para abandonar a vergonha corporal, a autocrítica e as comparações constantes causadas por seus comentários.
É uma triste realidade da profissão que dançarinos magros sejam preferidos. Cerca de 16,4% de bailarinos têm distúrbios alimentares. Percebi que o balé é uma escola de dança tradicional baseada em uma determinada estética. Historicamente, os coreógrafos masculinos preferiam dançarinos de altura, peso e circunferência específicos para criar uma certa aparência no palco. Como o balé trata da continuidade dessas tradições e coreografias, o gênero infelizmente não acompanhou os tempos sociais em termos de beleza feminina.
Agradeço seu conselho de que os pais incentivem a filha a cuidar de si mesma e a manter viva sua paixão. Também pode servir ao jovem dançarino para explorar outras formas de dança profissional. Por exemplo, a dança moderna é baseada no balé e inclui todos os tipos de corpos fortes e poderosos.
– Amante da arte
QUERIDO AMANTE DA ARTE: Obrigado por seus insights e carta atenciosa.
Harriette Cole é estilista de vida e fundadora da DREAMLEAPERS, uma iniciativa para ajudar as pessoas a realizar e ativar seus sonhos. Envie perguntas paraaskharriette@harriettecole.com ou a/c Andrews McMeel Syndication, 1130 Walnut St., Kansas City, MO 64106.