Além da crescente adoção e valor dos ativos criptográficos, o roubo também está aumentando. Este ano, o valor total das criptomoedas roubadas aumentou 21%, atingindo substanciais 2,2 mil milhões de dólares. E de acordo com um relatório da Chainalysis publicado na quinta-feira, mais da metade desse valor foi roubado por grupos de hackers afiliados à Coreia do Norte.
No início deste ano, O Conselho de Segurança das Nações Unidas disse que hackers norte-coreanos roubaram US$ 3 bilhões em ativos de criptomoedas entre 2017 e 2023. Em 2024, hackers ligados à Coreia do Norte foram responsáveis por 61% do valor total roubado, no valor de US$ 1,34 bilhão de dólares, em 47 casos, segundo o relatório Chainalysis.
Geopolítica em cena
O relatório destacou que a maioria dos hacks de criptomoedas ocorreu entre janeiro e julho deste ano, mas o valor roubado já havia ultrapassado US$ 1,58 bilhão, cerca de 84,4% a mais que no mesmo período de 2023.
No entanto, depois de julho, os eventos de hackers tornaram-se significativamente raros, possivelmente devido à geopolítica. Chainalysis atribui isso à aliança da Coreia do Norte com a Rússia, que surgiu depois de uma reunião entre Vladimir Putin, o presidente russo, e Kim Jong Un, o líder da Coreia do Norte, em junho.
A quantidade de ativos criptográficos roubados por hackers ligados à Coreia do Norte caiu 53,73% após a cúpula de junho, segundo a Chainalysis. A Coreia do Norte, que aumentou a sua cooperação com a Rússia, pode ter mudado as suas tácticas de crime cibernético, diz o relatório.
As vítimas precisam de maior segurança
O hacking de criptomoedas continua a representar uma ameaça contínua, com mais de US$ 1 bilhão em criptomoedas hackeadas em quatro anos distintos na última década: 2018 (US$ 1,5 bilhão), 2021 (US$ 3,3 bilhões), 2022 (US$ 3,7 bilhões) e 2023 (US$ 1,8 bilhão). ). bilhões).
Plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) que falha na implementação de práticas de segurança adequadas têm sido os principais alvos dos ataques às criptomoedas nos últimos três anos e foram responsáveis pela maior quantidade de ativos roubados no primeiro trimestre de 2024. Contudo, entre o segundo e o terceiro trimestres de 2024, os serviços centralizados foram os principais alvos dos ataques.
Alguns casos notáveis de ataques a serviços centralizados em 2024 incluem DMM Bitcoin, uma troca de criptografia japonesa que perdeu US$ 305 milhões (48 bilhões de ienes) em bitcoins, e WazirX, uma troca de criptografia indiana, que interrompeu as retiradas em julho após violação de segurança por hackers ligados à Coreia do Norte.