Caro Erik: Eu estava andando de bicicleta quando, sem que eu soubesse, minha carteira caiu do bolso. Minha carteira de motorista, cartões de crédito e cerca de US$ 200 em dinheiro estavam na carteira.
Mais tarde naquele dia, recebi uma ligação de um ciclista que encontrou minha carteira durante o passeio e me disse que eu poderia ir buscá-la.
Que recompensa, se houver, seria apropriada? Dei uma garrafa de vinho de US$ 30.
– Ciclista grato
Caro ciclista: Que sorte que seu caminho tenha cruzado com um cidadão tão bom!
Os especialistas em etiqueta concordam que o tamanho da recompensa em situações como essa depende de você. As pessoas muitas vezes levam em consideração a quantidade de dinheiro em sua carteira ou sua situação financeira pessoal. Se você não tiver dinheiro sobrando, um presente ou outro gesto está bem. Então a garrafa de vinho que você deu está funcionando.
Minha única sugestão, porém, seria que se isso acontecer novamente (dedos cruzados, sua carteira fica no bolso de agora em diante), você verifique com o destinatário se ele ou ela bebe vinho. É o pensamento que conta, mas você não quer que seus esforços de gratidão coloquem outra pessoa em uma situação desconfortável ou perigosa.
Prezado Erik: Quando meu único filho e sua esposa se casaram e tiveram filhos, disseram-me que tudo o que podiam fazer era comemorar o dia de Natal. Eu disse tudo bem.
Há décadas que dou ao meu filho e à sua família (esposa e dois filhos) presentes muito bonitos no Natal. Estamos falando de centenas de dólares.
Por um tempo eu recebia um pequeno presente, como uma garrafa de baunilha caseira, uma lata de pomada de rosa feita por uma amiga da esposa ou uma xícara de café da família. O mesmo acontece com meu aniversário. Nunca recebi um presente dos netos.
No ano passado informei-lhes que não iria mais “trocar” presentes com os pais, mas que os presentes para os netos (que hoje são adolescentes com emprego) continuarão. Naquele ano, comprei eletrônicos e moletons para eles. Não recebi nada de ninguém. Nem mesmo a confirmação das crianças.
Sempre tive que entregar os presentes ou ligar para saber se haviam recebido.
Este ano será apenas um cartão de Natal. Estou hipersensível?
– Meia vazia
Querida meia: Não, você não é excessivamente sensível.
Cada família tem suas próprias tradições e necessidades. E ninguém é obrigado a dar – ou aceitar – um presente. Mas com certeza me deixa triste que seu desejo de tornar este feriado especial não esteja sendo atendido.
Parte disso pode ser um desalinhamento de expectativas. Você doou generosamente, na casa das centenas de dólares. Estou curioso para saber se seu filho e sua nora têm valores ou desejos diferentes em relação a doações que não são expressos ou ouvidos. Eles têm que lhe dizer claramente.
Da mesma forma, quando você decidiu parar de dar presentes aos adultos, estou curioso para saber se você esperava que seu filho percebesse que você não estava conseguindo o que queria e fizesse uma mudança.
Vale a pena falar mais sobre isso, mas tente focar na necessidade por trás da necessidade.
Suspeito que o que você deseja é uma conexão – e talvez um convite para o Natal em família. Faz sentido que você tente demonstrar seu amor à distância por meio de presentes, e faz sentido que doeria se não fosse retribuído. Mas talvez a tradição dos presentes esteja atrapalhando os dois lados.
Se você deseja ser convidado ou encontrar uma forma alternativa de comemorar e estar juntos, é um ótimo presente para pedir.
Prezado Erik: Eu queria oferecer um pouco de compaixão e apoio ‘Costumava ser papai’ um pai gay e parceiro cujo filho adolescente mudou seu nome de “pai” para o primeiro nome no celular do adolescente.
Sou um homem gay casado e tenho três filhos adolescentes que foram adotados pelo sistema de adoção. Tentamos ‘Papa X’ e ‘Papa Y’, com as primeiras iniciais, mas sem sucesso. Finalmente descobriu-se que nós dois somos pais.
Se ambos os pais estiverem na mesma sala quando perguntam alguma coisa, um de nós responde. Se quiserem uma resposta de quem não respondeu, dirão: “Eu quis dizer outro pai”, ou o nosso primeiro nome.
O amor ainda existe, e a nomenclatura em seus telefones não é tão importante no longo prazo.
– Pai e/ou às vezes outro pai
Querido pai: Esta é uma lição útil que pode ser aplicada a muitas situações. Muitas vezes não é o nome que faz a diferença, mas sim o relacionamento e os sentimentos que o acompanham.
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