Fala-se muito do amor de mãe... Esse amor personificado na doce figura materna de Maria, a que concebeu virgem e dedicou toda sua vida ao Filho de Deus. Não quero ser injusto com o inquestionável amor daquelas que geram, que dão a luz, que amamentam. Amor de mãe não se discute! O que pretendo, nesta ocasião de celebração do Dia dos Pais, é reparar a injustiça que se faz com o amor de pai.
Pode não ser nada masculino – coisa de macho – se colocar coraçãozinho vermelho em propagandas de TV alusivas ao nosso dia, mas o fato é que o amor é masculino. E se é correto afirmar que Deus é Amor, porque é, quero lembrar que Deus é Pai, não mãe.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho... Vale ressaltar que este “dar” não significa abandono, rejeição, senão amar demais!
O texto acima extraído do sagrado livro dos cristãos registra a maior e inigualável expressão do amor manifestado à humanidade: “Amou de tal maneira”. Mas, quem amou assim? O Pai!
Nós, pais, somos incompreendidos ou mesmo sacrificados pela condição que nos foi imposta de amar o amor que dá, que oferece, que entrega... Ou seja: por amar como o próprio amor exige que se ame: libertando, não escravizando sob pretexto de que o mundo é um lugar ruim e que é mais seguro que o filho fique...
Nesse Dia dos Pais, quero homenagear àquEle que deu um amor de maneira tal que a maioria dos filhos não vê nem sente. A Esse que gerou em amor toda a humanidade e se entregou por ela de um modo tão conhecido quanto ignorado... Ao que não dá a luz e sim, criou a luz – haja luz. Um que não só ama, mas é o próprio Amor: O Pai.
Muito amor de pai para vocês, filhos e filhas que habitam o mundo todo.
Feliz Dia dos Pais!
[Texto de autoria de Helio de
Carvalho, escrito em agosto de 2010]